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Fenômeno Natural: Princípio de Formação de Tornado é Registrado

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Volta e meia Catanduva é surpreendida por algum fenômeno da natureza.

A cidade já foi vítima de enchente, da queda de uma misteriosa pedra de gelo e agora um outro acontecimento também inédito acaba de marcar a sua história.
No início da noite de sexta-feira, dia 6, moradores de Catanduva observaram no céu o princípio da formação de um tornado.
O fenômeno aconteceu em um tempo bastante curto – aproximadamente 15 minutos – mas pôde ser registrado por algumas pessoas que presenciaram.
O salva-vidas Marcelo Alves de Lima disse que observava o céu quando notou algo diferente.
“Havia acabado de chover, o céu ainda estava bastante escuro”, lembrou.
O profissional contou que na nuvem mais densa que restou, começou a formar uma espécie de cone, que ameaçava se aproximar e descer.
Nesse momento, o salva-vidas chamou a atenção de outras pessoas que estavam no local onde trabalha e sua esposa, Fabiana Genaro, fotografou.
Ele contou que a sensação não foi de medo, propriamente, mas de espanto pela cena nunca vista antes.
“Na hora, houve uma preocupação pela força daquele cone, que parecia querer tocar o chão, mas ninguém ficou aflito”, comentou.
O princípio do tornado foi registrado por volta das 18h30 e a foto foi feita na Vila Rodrigues.

NADA RARO
O meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, explicou que a possibilidade da cidade voltar a contar com o incidente não é pequena.
“Os tornados são relativamente comuns no Estado de São Paulo”, disse ele, que afirmou que a maior incidência no Brasil é no Sul.
Segundo o profissional, a maioria dos tornados é fraca ou se forma apenas sobre as fazendas.
“Tornados não costumam se formar sobre as cidades, pois não "gostam" da rugosidade (prédios, casas, árvores,). Eles preferem terrenos relativamente planos”, esclareceu o profissional.
Oliveira disse que não existem muitas estatísticas sobre o fenômeno no Brasil.
O profissional lembrou que, recentemente, um estudo norte-americano indicou que a região entre o Brasil (Região Sul), Paraguai e Argentina é o segundo local mais tempestuoso do mundo (para tornados), perdendo apenas para o meio-oeste dos EUA. No Sul, são quinze dias propícios a tornados em um ano.
“Não foi relatado o número de dias nos EUA ou em outras partes do Brasil. Portanto, sabe-se que no Estado de São Paulo, o número de dias é menor, mas não se sabe quanto”, acrescentou.

CISALHAMENTO
O que aconteceu em Catanduva não pode ser considerado um tornado, segundo o especialista, já que ele não tocou no chão. “Entretanto, se tocasse, seria um F zero (escala Fujita), com ventos inferiores a 117km/h”, detalhou o meteorologista.
Segundo Oliveira, pela imagem, não dá para saber muito bem para onde o fenômeno foi e onde ele dissipou.
“Tudo depende dos estragos (se ocorreram). Se não houve estrago, então o tornado não tocou o chão. O deslocamento de um tornado é caótico. Não há uma lógica. Tanto que é muito perigoso segui-lo”, disse.
Oliveira explicou que o tornado se forma por conta de um fenômeno chamado de cisalhamento, que é formado pela diferença de direção e intensidade dos ventos em níveis diferentes.
O profissional deu o seguinte exemplo de cisalhamento: vento de leste a 500 metros com velocidade de 10km/h e vento de oeste a 5000 metros com velocidade de 50km/h. Esta diferença gera um “tubo” ainda no sentido horizontal, chamado de tubo de vórtice. A passagem de uma nuvem de tempestade por cima deste tubo deixa-o de pé, gerando finalmente o tornado.
O tornado, por sua vez, nada mais é que um prolongamento de uma nuvem de tempestade, que chega até o chão. A grande característica deste prolongamento é que os ventos são muito intensos e giram no sentido horário (hemisfério sul), causando grandes transtornos.
“Sobre a água, o tornado ganha o nome de tromba d água. Na foto, por não ter tocado o solo, o fenômeno não pode ser chamado de tornado. Realmente existiu a formação de uma nuvem-funil, mas o fenômeno não ganha o nome de tornado. Fica apenas na nuvem-funil”, descreveu.
O meteorologista explicou que o tornado pode causar grandes destruições, dependendo de sua intensidade. “Os tornados geram uma destruição em forma de trilha. Por serem muito estreitos é normal vermos uma casa destruída e uma casa vizinha intacta. Mas algumas imagens de destruição levam a crer que os maiores tornados geram ventos em torno dos 500km/h!”, finalizou.

FONTE: O REGIONAL
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