Na região Noroeste, 76% das cidades não estão preparadas para o 'caos'
Na microrregião, Catanduva é a única com Defesa Civil. A cidade é uma das poucas do estado de São Paulo que possuem um coordenador de Defesa Civil. Outros 76% dos municípios da região de Rio Preto não possuem uma coordenadoria estruturada.
O levantamento é da Secretaria de Defesa Cívil do Estado de São Paulo. O relatório foi apresentado em abril deste ano durante reunião do Caem (Ciclo de Palestras em Administração de Emergências para Município) em Votuporanga.
Na época, o Secretário da Casa Militar e Coordenador Estadual de Defesa Civil, o Cel. PM Luiz Massao Kita, falou da necessidade de os municípios estarem preparados para agirem de maneira preventiva durante desastres naturais. Por essa falta de estrutura, estes números estão aumentando.
Contrário a essa maioria, Catanduva tem toda uma estrutura atualizada e organizada para o caso de uma catástrofe. “Tivemos duas grandes enchentes na cidade: uma nos anos 80 e outra em 2005. Na última, nós tínhamos todo um aparato pronto e colocamos em ação”, conta Vicente Crivelaro, coordenador da Defesa Civil e capitão da Guarda Civil.
Crivelaro conta que é feito anualmente a atualização de um relatório onde constam informações de quantas escolas a cidade tem, veículos públicos e de empresas privadas, hospitais e números de leitos, médicos, militares e voluntários, distribuídores de água entre outros dados considerados importantes pela Coordenadoria.
“Nós temos de saber tudo que o município tem para que possamos entrar em ação em um caso de desastre”, diz.
O grupo, que é formado pela união de vários setores, tem de estar preparado para casos além de enchentes. “Mesmo que a cidade não possua características que causem uma catástrofe, nunca podemos deixar de lado a segurança pública”, conta.
Não estão descartadas hipóteses de mais enchentes, terremotos e até acidentes nucleares. “Em Goiânia teve um caso nos anos 80 de radiação nuclear, mesmo sem existir uma usina perto”.
Para o Crivalaro, toda a cidade deveria ter uma Coordenadoria de Defesa Civil organizada. “Nós não podemos prever o que vai acontecer. É melhor haver a Defesa Civil e ela nunca agir porque não foi preciso, do que não ter o órgão e uma hora ter de encarar um problema”, fala.
‘Agimos como se fosse uma guerra’
No caso de uma catástrofe natural em Catanduva, a Defesa Civil acionaria todos os órgãos que fazem parte do grupo e montaria uma “campanha de guerra”.
“No momento em que acontece um desastre e coloca em risco a vida de várias pessoas, a Defesa Civil aciona segue a lista que temos e damos o alarme”, diz Crivelaro.
Até os meios de comunicação seriam “convocados”. “Temos de informar à cidade toda através da imprensa o que está ocorrendo”, conta.
Não existe uma ordem de grupos chamados. Existe a necessidade de eles agirem. As polícias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiros, toda a rede de saúde pública e privada da cidade, o Fundo Social, a secretaria municipal e as empresas de transporte e máquinas da cidade seriam as primeiras, por exemplo, a irem às ruas.
“Tudo isso para resgatar e tirar pessoas de áreas de risco”, diz.
Igrejas e escolas públicas e privadas seriam as próximas, por exemplo, a serem convocadas. “Temos de abrigar quem sofreu com os problemas”. Outras empresas e entidades seriam usadas de acordo com a necessidade de se evitar mais problemas.
FONTE: Jorge Cardoso
Agência BOM DIA
O levantamento é da Secretaria de Defesa Cívil do Estado de São Paulo. O relatório foi apresentado em abril deste ano durante reunião do Caem (Ciclo de Palestras em Administração de Emergências para Município) em Votuporanga.
Na época, o Secretário da Casa Militar e Coordenador Estadual de Defesa Civil, o Cel. PM Luiz Massao Kita, falou da necessidade de os municípios estarem preparados para agirem de maneira preventiva durante desastres naturais. Por essa falta de estrutura, estes números estão aumentando.
Contrário a essa maioria, Catanduva tem toda uma estrutura atualizada e organizada para o caso de uma catástrofe. “Tivemos duas grandes enchentes na cidade: uma nos anos 80 e outra em 2005. Na última, nós tínhamos todo um aparato pronto e colocamos em ação”, conta Vicente Crivelaro, coordenador da Defesa Civil e capitão da Guarda Civil.
Crivelaro conta que é feito anualmente a atualização de um relatório onde constam informações de quantas escolas a cidade tem, veículos públicos e de empresas privadas, hospitais e números de leitos, médicos, militares e voluntários, distribuídores de água entre outros dados considerados importantes pela Coordenadoria.
“Nós temos de saber tudo que o município tem para que possamos entrar em ação em um caso de desastre”, diz.
O grupo, que é formado pela união de vários setores, tem de estar preparado para casos além de enchentes. “Mesmo que a cidade não possua características que causem uma catástrofe, nunca podemos deixar de lado a segurança pública”, conta.
Não estão descartadas hipóteses de mais enchentes, terremotos e até acidentes nucleares. “Em Goiânia teve um caso nos anos 80 de radiação nuclear, mesmo sem existir uma usina perto”.
Para o Crivalaro, toda a cidade deveria ter uma Coordenadoria de Defesa Civil organizada. “Nós não podemos prever o que vai acontecer. É melhor haver a Defesa Civil e ela nunca agir porque não foi preciso, do que não ter o órgão e uma hora ter de encarar um problema”, fala.
‘Agimos como se fosse uma guerra’
No caso de uma catástrofe natural em Catanduva, a Defesa Civil acionaria todos os órgãos que fazem parte do grupo e montaria uma “campanha de guerra”.
“No momento em que acontece um desastre e coloca em risco a vida de várias pessoas, a Defesa Civil aciona segue a lista que temos e damos o alarme”, diz Crivelaro.
Até os meios de comunicação seriam “convocados”. “Temos de informar à cidade toda através da imprensa o que está ocorrendo”, conta.
Não existe uma ordem de grupos chamados. Existe a necessidade de eles agirem. As polícias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiros, toda a rede de saúde pública e privada da cidade, o Fundo Social, a secretaria municipal e as empresas de transporte e máquinas da cidade seriam as primeiras, por exemplo, a irem às ruas.
“Tudo isso para resgatar e tirar pessoas de áreas de risco”, diz.
Igrejas e escolas públicas e privadas seriam as próximas, por exemplo, a serem convocadas. “Temos de abrigar quem sofreu com os problemas”. Outras empresas e entidades seriam usadas de acordo com a necessidade de se evitar mais problemas.
FONTE: Jorge Cardoso
Agência BOM DIA




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