O primeiro ocorreu no começo da noite de anteontem, numa casa lotérica situada no Centro de Palmares Paulista, a 20 quilômetros de Catanduva. A PM (Polícia Militar) negou-se a fornecer detalhes sobre o roubo. Já o delegado titular da cidade não foi encontrado para comentar o caso. Funcionários do Distrito Policial informaram que ele passou o dia todo em diligência, investigando o crime.
Em conversa com o BOM DIA, uma funcionária da lotérica, que não quis ser identificada, confirmou o assalto. Segundo o relato, passavam das 18h, quando o crime ocorreu. Dois desconhecidos, armados com revólveres, invadiram o estabelecimento e anunciaram o roubo.
Na ocasião, apenas um cliente e outros dois funcionários (além da mulher ouvida pela reportagem) encontravam-se no interior da lotérica. Os ladrões fugiram levando uma grande soma em dinheiro. A vítima não soube especificar a quantia, mas acredita que seja superior a R$ 5 mil.
Em datas como a de anteontem (início de mês, época em que as pessoas recebem salário e pagam as contas), bancos e casas lotéricas costumam receber um volume considerável de dinheiro. Isso talvez explique o porquê de os ladrões terem escolhido esse dia específico para realizarem o roubo.
O outro assalto ocorreu ontem à tarde, na rua Brasil, Centro de Catanduva. A vítima (uma comerciante, que não quis ter sua identidade divulgada) foi abordada por ladrões armado, instantes depois que saiu de uma agência bancária localizada próxima à sua residência.
Eles fugiram levando uma quantia não especificada em dinheiro. A reportagem chegou a entrar em contato com a vítima, mas ela não quis comentar o caso
Causa pode ser o ‘indulto’
Coincidência ou não, os quatro roubos registrados em Catanduva nos últimos dias ocorreram na mesma semana em que muitos detentos do regime semi-aberto encontram-se nas ruas, por graça da polêmica “saída temporária de Dia dos Pais”.
O benefício é concedido pela Justiça aos presos em progressão de regime, que apresentaram bom comportamento no decorrer do ano. O argumento é que a medida facilitaria a reintegração do detento à vida em sociedade.
Não são raros, porém, os casos de indivíduos que aproveitam a saída temporária para praticarem novos delitos. Questionado a esse respeito, o oficial de relações públicas do 30º BPMI (Batalhão de Polícia Militar do Interior), tenente Luiz Augusto Duran, preferiu ser cauteloso.
“Não temos como garantir que existe uma relação entre a saída temporária e os recentes roubos ocorridos na cidade. Por enquanto, trata-se de uma hipótese que não pode ser descartada”, afirmou.
FONTE: Rodrigo Ferrari
Agência BOM DIA
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