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Telecentros fazem inclusão digital

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Moradores em Cantanduva estão aprendendo a usar o computador com a ajuda dos telecentros, instalados em três pontos da cidade e com cursos gratuitos. No Jardim Imperial, alunas do curso de informática relatam como a introdução ao conhecimento mudou suas vidas.

A dona de casa Maria de Fátima da Cruz, 49 anos, começou o curso no Cras (Centro de Referência da Assitência Social) do Jardim Imperial há cerca de três meses e já faz planos para quando aprender a acessar a internet. “No Cras tem um monte de atividades. Faço aulas de bordado de fita, estudo a noite e também faço aula de computação”, conta.

Ela ficou com vontade de fazer as aulas ao ver a alegria das colegas dos outros cursos ao receberem o diploma e, especialmente, vendo pessoas da mesma idade superando as dificuldades com as novas tecnologias. “Nunca mexi num computador e agora a gente está aprendendo como liga, como desliga, a escrever. Agora quero um para estudar, faze alguma coisa diferente, usar a internet e até namorar na internet”, brinca.

Maria considera o aprendizado uma chance de crescimento pessoal. “Se tiver a oportunidade, vou continuar a estudar computação, porque a gente precisa aprender. Nunca tive a oportunidade de estudar e estou tendo hoje. Já que tem, tem que ter carinho por isso”.

MUDANÇA/ Em maio desse ano, a vida da doméstica Mercedes Xavier de Souza, 52, teve uma reviravolta. Ela entrou no curso de informática do Cras do Jardim Imperial e adquiriu um computador. Desde então, busca idéias no universo virtual e confecciona artesanatos para vender.

“Não tenho mais filho pequeno e não tinha nada pra fazer em casa. Fiquei sabendo do curso e me inscrevi para dar um pouco de possibilidade na vida. É muito bom a gente aprender. Nunca mexi em computador antes mas agora ligo todos os dias”, diz.

Ela conta que vivia constantemente estressada, e aprender a mexer na internet mudou sua vida. “Sói vivia doente e depois que comecei a estudar, aprendi coisas novas e passou. Gosto de artesanato e uso a internet para pegar ideias. Isso ajuda a ocupar meu tempo, é como se fosse uma terapia”. Além disso, Mercedes usa a rede mundial de computadores para conversar com a filha, moradora em Sales, com quem antes conversava por telefone.

COMPANHIA/ Conversar com os amigos tornou-se mais fácil para a dona de casa Solange de Lourdes Grava Correia, 43, depois que ela aprendeu a usar o computador. “Sempre tive vontade via os outros fazerem o curso, mas nunca me interessei. Meu filho é adolescente e queria muito o computador. Compramos um e ele mesmo me incentivou. Varias amigas minhas também já tinham feito, dei meu nome, comecei e estou até hoje”, descreve.

Se antes Solange não sabia nem ligar a máquina, a informática hoje faz parte da sua rotina. “Uso pra conversar com amigos. Pra ler noticias. Uso todo dia, direto.A noite meu marido viaja e eu ficava muito sozinha. Hoje serve de companhia, fico conversando com minha cunhada de São Paulo, amigas, pra mim foi de grande utilidade, principalmente as aulas”.

Depois de fazer o curso, ela passou a influenciar os familiares. “Peguei no pé da minha cunhada até que ela comprou um computador para a gente conversar. Meu marido também, falo para ele aprender. É muito bom e a pessoa que aprende a mexer com isso tem tudo a ganhar”, fala.

E mais

88,65% dos municípios brasileiros têm algum plano ou política de inclusão digital, como a criação de telecentros, segundo dados de 2009 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Fonte: Marina Torres
Agência BOM DIA
Imagem:Augusto Pires/Agência BOM DIA
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