O
Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura está colocando à
disposição do citricultor um sistema online de alerta para o controle da
população do psilídeo Diaphorina citri, inseto transmissor da bactéria do greening (HLB).
O
Alerta Fitossanitário, como é chamado o sistema, é uma ferramenta para o
auxílio dos citricultores no manejo regional do HLB. Ele funciona em
parceria com os produtores que enviam informações periódicas da presença
de psilídeos em armadilhas adesivas amarelas georrefenciadas. Os dados
são organizados e devolvidos em forma de relatórios quinzenais com dados
da população do inseto nas propriedades e na região e que permitem
identificar os locais e momentos críticos de ocorrência do psilídeo,
ajudando os produtores a tomar decisões mais precisas para o controle
conjunto e regional do inseto.
A
ferramenta já está beneficiando grupos de manejo regional de
Araraquara, Avaré e Santa Cruz do Rio Pardo, que englobam 81
propriedades. O que representa uma cobertura de 27 milhões de plantas
distribuídas por 63,5 mil hectares, em 42 municípios.
O sistema online funciona dentro do site do Fundecitrus (www.fundecitrus.com.br). A ferramenta é uma das bases para o manejo regional do HLB, a forma mais eficiente de lidar com a doença. Segundo um
estudo desenvolvido pelo Fundecitrus, o manejo realizado em conjunto
por propriedades vizinhas é dez vezes mais eficaz que o controle
restrito a apenas um pomar.
Mas
a ferramenta está disponível a todos os citricultores, independente de
participar de grupos de manejo regional ou não, e pode auxiliar no
controle da população da praga nas propriedades. O Fundecitrus pretende
montar e apoiar outros grupos de manejo regional em todas as regiões do
parque citrícola.
Uma
das vantagens do sistema é a economia com pulverizações, que são feitas
apenas no momento mais adequado, quando há a ocorrência do psilídeo na
região, o que evita aplicações desnecessárias de inseticidas. Também
garante durabilidade do efeito das pulverizações, pois, com o controle
realizado em várias propriedades vizinhas ao mesmo tempo, reduz-se a
migração do inseto de pomares não pulverizados para outros
recém-pulverizados.
“O
monitoramento permite identificar a presença do inseto na região e
determinar os momentos corretos para a pulverização conjunta entre as
propriedades”, explica o engenheiro agrônomo do Fundecitrus Éder José
Cardoso, responsável pelas regiões de Avaré e Santa Cruz do Rio Pardo.
Fonte: Gabriela Marques - Jornalista
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