Algumas estimativas apontam que o prejuízo foi de cerca de US$ 30 bilhões, e Bachelet disse que o Chile necessitará de apoio financeiro internacional para se recompor. “O Chile tem recursos para uma quantidade de ações, mas vamos ter que pedir crédito ao Banco Mundial e outras entidades”, disse. Segundo analistas, o governo pode também recorrer a reservas alcançadas com recursos da exploração do cobre (o Chile é o maior produtor mundial desse metal).
“A magnitude dos danos é enorme. Foi um terremoto devastador”, acrescentou Bachelet, contando que “há zonas rurais onde tudo veio ao chão e empresas perderam partes importantes de suas infraestruturas”.
A declaração da presidente chilena foi feita no dia em que a cidade de Santiago foi atingida por um novo terremoto, agora de 6,1 graus na escala Richter, o maior abalo secundário do tremor de sábado (27).
O epicentro do novo sismo, que deixou às escuras parte do município de Lampa, no norte da Região Metropolitana de Santiago, ficou a 39 quilômetros a sudoeste de Valparaíso, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitora a atividade sísmica no mundo.
O abalo aconteceu às 23h locais na terça-feira (mesmo horário de Brasília), e foi sentido, além de Santiago, na região de Valparaíso.
Embora os abalos desta quarta-feira não tenham causado estragos, a presidente chilena, Michelle Bachelet, afirmou, com lágrimas nos olhos, que o número de mortos pelo terremoto de sábado passa de 800 e poderá subir. Até o momento o governo já confirmou a morte de 802 pessoas, mas ainda restam desaparecidos.
O número foi divulgado na sede do Escritório Nacional de Emergência pelo subsecretário do Interior, Patrício Rosende. Quatro dias depois de um dos terremotos mais violentos da história, helicópteros, lanchas e equipes de socorro continuam à procura de sobreviventes.
"Tenho a impressão de que vai haver mais mortos", disse Bachelet com a voz embargada durante uma entrevista à rádio chilena Cooperativa. Na entrevista, a presidente do Chile destacou o apoio internacional que o país vem recebendo e destacou que o momento não é de caça às bruxas, já que muitos tentam imputar no governo dela as falhas pelo atraso na ação da Marinha em evacuar a área atingida por um tsunami após os tremores do dia 27 de fevereiro, no litoral do país.
Bachelet, que finaliza seu mandato na próxima semana, disse que os chilenos precisam se unir para levar o país adiante. “Aqui o que corresponde é colocar-nos para pensar primeiro na emergência e depois, na hora da reconstrução do país, nas medidas que devemos tomar para que não volte a ocorrer isso”, concluiu.
FONTE: UOL NOTÍCIAS
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