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Prefeitura exige desocupação de imóvel

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O aposentado José Ferreira Souza, de 75 anos, e sua mulher, Iara Aparecida Meira de Souza, 71, residem num imóvel no Jardim Vertoni há 16 anos. Porém, o imóvel trata-se de um patrimônio público e recentemente foi resgatada pela Prefeitura de Catanduva, a qual exige que os idosos saiam da casa, para apropriação regular do imóvel.

O casal diz que não se importa de se retirar do local, porém questiona a atitude da Prefeitura, que exigiu a desocupação sem oferecer um pagamento digno pelos serviços prestados de ambos, durante os 16 anos na propriedade.

“Moramos nesta casa desde janeiro de 1995, entrei com a promessa de que trabalharia neste espaço como caseiro e receberia o pagamento de dois salários mínimos pelos meus serviços prestados, mas isso não ocorreu”, explicou José. De acordo com o aposentado, a propriedade em 1995 foi doada pelo ex-prefeito Warley Agudo Romão para a Associação Bom Pastor (entidade criada para recolher crianças abandonadas nas ruas), chefiada por Antonia Vajete, presidente da instituição na época e esta cedeu o local para o casal morar e cuidar. “Cuidávamos de tudo, plantei mandioca, milho, todo tipo de plantação, só que não vendíamos, pois não era permitido. Era uma produção só para não deixar crescer mato na propriedade”, detalhou o aposentado.

O patrimônio ficou na responsabilidade da entidade até o ano de maio de 2009. Em junho a propriedade passou para os cuidados do Pe. Jeová, que pagava R$ 450 pelos serviços prestados aos idosos e após um ano, a mesma passou para as mãos do Pe.Oswaldo, que cortou o pagamento do salário dos idosos e entregou a propriedade para a responsabilidade da administração pública atual.

Durante o período de 16 anos, o casal alega não ter recebido férias e que recebeu apenas o 13º salário, nos primeiros três anos de serviço prestado.

“Não estamos mendigando nada de ninguém, só queremos receber o que é nosso por direito”, destacou a mulher do aposentado, a senhora Iara, explicando que não tem onde morar e que após mais de uma década dedicando-se ao trabalho agrícola na propriedade, é dependente de remédios e tem gastos para controlar sua saúde.

O casal avalia que os órgãos competentes estão agindo com descaso e desrespeito para com eles. Na última quinta-feira, 22 de setembro, o casal recebeu em sua residência um suposto “oficial de justiça”, que informou a eles que estava portando consigo uma ordem da justiça, onde teriam apenas uma semana para desocupar a casa, e que a polícia irá jogá-los na rua. “Senti que eles estão tentando colocar medo na gente, só porque já somos de idade, porém achei estranho atitude deles, que só disse o recado, mas não nos deixou uma cópia de suposta intimação e nem nos deixou ver o que estava escrito no documento”, desabafou Iara.

Prefeitura

A Prefeitura informou que retomou a posse do imóvel e implantou em frente à casa dos idosos o Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS e que aguarda até a próxima sexta-feira, dia 30 de setembro, uma decisão dos filhos do casal para definir um lugar para os mesmos morarem, e que assim que for definido o local, irá providenciar um caminhão de mudança para eles. Porém, em nenhum momento pronunciou se irá ou não fazer um acordo com os idosos para pagar o tempo de serviço prestados na propriedade.

Fonte: O Regional
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